terça-feira, 13 de abril de 2010

CONSELHO REGIONAL DE NUTRIÇÃO DE MG FALA SOBRE A IMPORTÂNCA E OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER NESTE FESTIVAL GASTRONÔMICO

11º Festival Gastronômico Comida di Buteco, acontece entre os dias 9 de abril e 9 de maio de 2010, em Belo Horizonte. Nesta edição, o jiló será ingrediente obrigatório nos pratos de todos os 41 participantes. O desafio será driblar o preconceito e o gosto amargo do ingrediente, e oferecer o ingrediente de forma agradável ou pelo menos neutra aos seus clientes. De acordo com criador e coordenador do Comida di Buteco, Eduardo Maya, a escolha do jiló é mais um desafio para os participantes. “Antes de tudo, o Comida é um festival de culinária mineira de raiz. E o jiló, assim como o torresmo, a couve, a taioba e a mostarda, são ingredientes tradicionais da nossa culinária popular, que alguns chamam de baixa gastronomia”, ressalta o chef.
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A nutricionista Heloísa Magalhães, especialista em alimentação fora de casa, afirma que o jiló é rico em fibras, bem como em vitaminas A, B e C. Além disso, o jiló é um fruto e não um legume, é pouco calórico e ajuda no funcionamento do fígado. Cada porção de 100 gramas, equivalentes a três jilós médios, tem, em média, 38 calorias. No entanto, apesar de todos os benefícios, é importante ressaltar que os preparos dos bares tradicionalmente são muito calóricos, encharcados de segredar e ricos em sal, que faz a pressão arterial subir. Associados a grandes quantidades de cerveja, também podem contribuir para o aumento das taxas de glicose.
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A dica é manter a linha, dividir as porções e não tomar cerveja todos os dias. “Degustar não é devorar a porção toda. É possível provar todos os preparos e não engordar, mas para isso a pessoa deve se controlar. Provar, tomar suco em vez da cerveja, pelo menos em uma ou outra ocasião”, recomenda.
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Outra preocupação da nutricionista é com a segurança alimentar durante a competição. Pelas normas do concurso, criatividade, sabor e apresentação dos tira-gostos têm 70% do peso dos votos. Temperatura da cerveja, 10%; atendimento, 10%; e higiene, outros 10%. “Acho que o peso da higiene poderia ser maior. Tanto pela importância da segurança alimentar quanto pelo conforto de quem participa. Uma prática ruim pode intoxicar até 500 pessoas em um dia”, diz.

Fonte: Jornal Hoje em Dia -2703-2010 Por Agusuto Franco

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